13 de dezembro de 2014

enfrentando a Alemanha (parte II)

Esse post é a continuação da história de ontem! Ainda não leu? Clica aqui :)

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Do outro lado do telefone, meu pai falava de tudo pra me acalmar. Só muito tempo depois que a história passou foi que eu fiquei imaginando a angústia dele, de estar do outro lado e não poder fazer nada. A rua estava movimentada, mas eu não via ninguém nem nada além do telefone público. E tudo que eu queria era sair de Berlim. Papai disse que enviaria um valor suficiente pra eu comprar a passagem e comer decentemente por lá.

Milagrosamente, o depósito, que pode demorar até um dia inteiro pra chegar, caiu na minha conta duas horas depois. Voltei para a estação e, depois da fila enorme, encontrei com a mesma atendente, que bondosamente iniciou o processo de reserva todo de novo pra mim. Eu deixei bem claro que queria sair no dia seguinte, num trem noturno. Como a viagem era bem longa, achei que viajar de noite me faria sentir menos fome e - consequentemente - gastar menos dinheiro.

Saí da estação segurando a passagem como quem segura um filho. Que alívio! Voltei pro hotel e comi como um homem das cavernas. Quando entrei no quarto, olhei para o alarme no teto, do qual veio a voz horrenda me mandando sair, e senti um frio na barriga. Sussurrei pra ele: por favor, não toca. Não... toca. Li de novo o texto de Romanos sobre perseverança e pensei que não podia ficar pior do que aquilo. Tinha que ser o fim dessa jornada.

Acordei leve no dia seguinte. Com o que sobrou da compra da passagem, resolvi dar mais uma chance pra Berlim. Na saída do hotel, peguei o trem errado e fui parar em Zossen, uma cidade a 30km de Berlim. A estação mais bizarra que eu já vi na minha vida. Mas meu humor tava tão lá em cima que nem me mordi de raiva na espera de 50 minutos pelo próximo trem. Andei por Berlim e no final do dia até resolvi passar também em Potsdam, cidade que sediou a conferência em que os vitoriosos da Primeira Guerra Mundial dividiram a administração da Alemanha.


Voltei pro hotel, tomei um banho bem demorado, jantei que nem um ogro de novo e fiz meu check-out. Dali era só seguir pra estação e embarcar no trem que finalmente me levaria para a Suíça. Como cheguei cedo lá, fiquei vagando pela estação e comprei uma salada de frutas baratíssima que seria meu café da manhã no dia seguinte (comida de trem é bem carinha!). Quando finalmente embarquei, encontrei um tiozinho sentado no meu lugar,
- Oi, moço. Boa noite! Desculpe o incômodo, mas esse lugar é meu,
- Boa noite. Desculpe, mas este lugar é meu.
- Não. É meu. Eu tenho certeza.
- E eu também. Poltrona 15, janela. Meu lugar.
O sangue ferveu. Como ele ousava tirar minha paz depois de tudo que eu passei? Foi aí que veio a sugestão mais infeliz que eu já fiz: 
- Vamos fazer o seguinte. Me mostre o seu ticket, e eu te mostro o meu. Daí a gente vê de quem é o lugar.
- Ótimo. Aqui está.
Entreguei o meu ticket, pra ele analisar enquanto eu via o dele. E realmente. Poltrona 15. Como podia? Quando voltei a atenção pra ele, seu olhar era de pena. Ai. Meu. Deus. Lá vinha bomba, com certeza.

- Moça, este lugar é seu mesmo. Mas é pra amanhã. [dia 18]
- Como pode? Eu pedi a passagem pra hoje! [dia 17]
- Deve ter sido algum engano...
- O que eu faço?
- Espera o fiscal chegar. E conta com a sorte.
Esse "conta com a sorte" não era ironia. O trem ia começar a sair logo e eu não podia desembarcar porque eu não tinha pra onde ir! Pro hotel seria impossível voltar, já que eu tinha feito o check-out e eu não tinha dinheiro pra pagar por algum outro lugar. Ao mesmo tempo, ficar no trem significava as seguintes possibilidades:
a) Comprar o bilhete na hora. (Impossível. Não tinha dinheiro.)
b) Pagar uma multa grotesca. (Impossível. Não tinha dinheiro.)

Não sendo realizáveis as alternativas acima, eu tinha duas punições possíveis:
a) Ir presa. (Desagradável.)
b) Ser expulsa no trem na parada seguinte. (Desagradável.)

Mesmo reconhecendo meu risco, decidi ficar. Eu estava obstinada a sair da Alemanha o mais rápido possível, e ainda que eu tivesse que me amarrar pela janela eu não iria desistir. Fora que minha passagem de volta pro Brasil estava comprada para aquela semana, saindo da Suíça. Eu tinha mesmo que voltar! O tio ficou com tanta pena que me deu o lugar dele - a bendita poltrona 15, pela qual lutamos.

Gente, eu acho que nunca orei tanto na minha vida. Que bom que a paciência de Deus é infinita, porque eu realmente e-n-c-h-i! Passava da meia-noite quando eu ouvi as botas do inspetor perturbando o chão (e o resquício de paz e confiança que eu tinha). O vi pedir os tickets de todos à minha frente. E todo mundo tinha! Que raiva! Nenhum aliado. Quando ele chegou perto de mim, não lhe deu nem a chance de falar. Só não ajoelhei porque não tinha espaço. Entreguei o ticket, despejando junto a minha angústia:
- Moço, pelo amor de Deus, m e  d e i x a  f i c a r  n e s t e  t r e m! Eu sei que eu tô errada, eu sei que é pra amanhã. Mas foi a atendente que se confundiu e colocou essa data. Moço, eu preciso sair de Berlim. Eu preciso ir pra Suíça. De lá eu volto pro meu país esta semana, eu não posso perder esse voo. Moço, eu não tenho mais dinheiro nem roupa. PELOAMORDEDEUSMEDEIXAFICARAQUIIIII!!!
Eu não contei quanto tempo ele demorou pra responder, mas pareceu uma eternidade. Ele olhava fixamente pro ticket, e não mexia um músculo sequer do rosto. Nenhum sinal de compaixão. Nenhum sinal de perversidade. Nenhum sinal de nada. Depois que eu tive uma sucessão de micro-ataques-cardíacos repetidas vezes, num intervalo de tempo que pareceu durar uma vida, ele me entregou o ticket de volta - ainda sem olhar pra mim - e disse: ok.

Foi só isso. Só esse frio ok. Mas o alívio foi tão grande que eu tive que me segurar pra não tascar um beijo nele ali e dizer que quando ele precisar de um rim, uma córnea, uma perna, é só me ligar. Olhei pro tio que me dera o lugar dele e encontrei um sorriso. Ele tava torcendo por mim! Parecia que tiraram uma Alemanha inteira das minhas costas, e era tudo o que eu queria. Caí num sono profundo assim que o inspetor foi embora. Abri os olhos algumas horas depois e vi uma cidade linda, toda iluminada na madrugada. Era Frankfurt. Disse pra cidade (sim. eu tenho esse nível de loucura): Você é linda. Mas eu não sei se piso aqui de novo na minha vida, mesmo que seja pra te conhecer.

Quando cruzamos a fronteira, já de manhã, eu não conseguia conter a alegria. Minha salada de fruta tava estragada e eu nem liguei! Nada podia tirar a alegria de estar na Suíça novamente. Segura. E me distanciando cada vez mais da Alemanha...

Por muito tempo, voltar pra lá nem cruzava a minha cabeça. Eu nunca culpei as pessoas ou o país pelo que aconteceu (na verdade mesmo, a culpa é da Islândia!!! hehe). E nem fiquei achando que a minha experiência define a Alemanha ou os alemães. Acho esse tipo de pensamento extremamente preconceituoso e negativo. Eu simplesmente não queria voltar. Tive várias oportunidades de ir no ano passado, enquanto morava em Londres, mas o calafrio persistia quando eu pensava na terra do chucrute.

O negócio é que meu coração se fechou pro lugar, mas não para a língua. Sempre achei alemão uma língua linda - forte, imponente - e sentia que estava na hora de meter a cara no quinto idioma. Coloquei na cabeça que ia aprender alemão, e fui me apaixonando cada vez mais com a ideia. Entrei num curso e minha dedicação era total no comecinho - depois foi ficando mais difícil, por causa da monografia, mas o interesse era igual!

Alemão é uma língua bem complexa mesmo, e toda vez que eu aprendia algo novo eu me sentia mais forte do que a dificuldade do idioma. E se eu estava vencendo o alemão, por que não poderia vencer a Alemanha? Na minha pesquisa por cidades onde começar a vida na Europa, fui me forçando a considerar o país de Merkel. A procura começou com Constança, na fronteira com a Suíça, perto de gente que eu amo. E eu fui subindo, subindo... até eu cair de amores por Munique.

Toda vez que vinha uma lembrança dos dias tenebrosos em Berlim, eu dizia pra mim mesma: a minha experiência não vai limitar a minha expectativa. Disse isso até que as lembranças pararam de trazer calafrios, até que o medo desapareceu. Até que eu encontrei um trabalho, um lugar para morar e descobri que bons amigos já estão lá pra me receber (teacher Alê, estou chegandooo!!!). Até que eu comecei a pensar dia e noite em Munique como minha nova cidade. E me apaixonei mesmo.

Ano que vem, meu sórdido episódio em Berlim completa cinco anos. Mas eu não vou estar angustiada nesse próximo abril. Eu tenho certeza que vou ter um sorriso no rosto e a confiança de ter tomado a decisão certa. Eu tenho certeza que a Alemanha vai ter me cativado...

...ou EU vou cativar a Alemanha.

Faltam 8 dias.

12 de dezembro de 2014

enfrentando a Alemanha (parte I)

Ultimamente, quando eu conto a alguém sobre a minha mudança pra Europa, a primeira pergunta é: Mas por que Alemanha?. Eu acabo dizendo simplesmente que é porque eu queria experimentar um lugar novo (e é muito disso também), mas a verdade é que o que está por trás de tudo isso é beeem mais complexo. Quer saber? Então senta que lá vem a história:

Em 2010 eu fui para a Suíça passar cerca de três meses como voluntária numa base da JOCUM (você vai ver muito essa sigla nas minhas histórias. Clique aqui se quiser conhecer mais). Antes mesmo de ir, eu disse para meus pais que, se tivesse uns dias livres por lá, eu queria ir pra Berlim. Eu sempre fui apaixonada por História, então conhecer a capital alemã era um super sonho! A ida para a Suíça seria minha primeira viagem sozinha, e eu queria ir pra Alemanha sem companhia também. Minha mãe não gostou nada da ideia e até tentou me convencer dizendo que pagaria pra eu levar quem eu quisesse lá da base. Mas eu tava obstinada - eu sou geralmente bem teimosa, na verdade.

Depois do segundo mês trabalhando, tomei coragem e pedi dois dias ou três dias de folga, que me foram concedidos sem eu precisar dar nem uma choradinha. Comprei a passagem quase "escondida" com papai como cúmplice e dei a notícia pra mamãe: eu estaria em Berlim de 13 a 15 de abril. Sozinha. Me diverti agora ao encontrar o email que mandei pros meus pais, contando do plano original:


Os dois primeiros dias em Berlim foram ótimos. Eu estava apaixonada por tudo o que via e por estar ali, na minha primeira aventura completamente sozinha. Andei demais - principalmente a pé e de bicicleta - e deixei muitas lágrimas no Museu The Story of Berlin, que conta a história da cidade (e me deixou em frangalhos, obviamente, ao relatar e retratar o horror das guerras mundiais). Quando eu penso na capital alemã, eu penso em uma cidade que luta pra se erguer deixando um passado muito obscuro pra trás. É linda, mas sombria. Os alguns prédios pintados com cores fortes tentam trazer uma atmosfera de mais alegria para a cidade. Uma alegria em construção.



Dia 15 chegou e eu estava triste em já ter que ir embora. Mal sabia eu o que me aguardava... 

Cheguei no aeroporto com tempo de sobra e fui pra área de embarque pensando que eu tinha que voltar pra Berlim! Enquanto a cabeça voava, entrei na fila pra avião, com o cartão de embarque em mão. Em um segundo, estávamos em fila. No momento seguinte, uma movimentação atordoante. Pessoas correndo e reclamando - e ninguém se prestando a dar explicações pra uma coisa de 19 anos e 1,54m. Em horas como essa eu queria ser um cara fortão de 1,90m. Queria só ver se alguém ia se negar a me dizer alguma coisa. Desse voo, eu só fiquei mesmo com o cartão de embarque.


O porquê do cancelamento eu só fui descobrir cerca de uma hora depois, quando um atendente do aeroporto explicou que um vulcão na Islândia havia entrado em erupção, emitindo cinzas e fragmentos que em pouco tempo fecharam o espaço aéreo europeu. Não conseguia parar de pensar que a Islândia nunca dá sinal de vida. E quando resolveu dar, foi pra complicar a minha! Seguindo a movimentação, fui pro hotel que a companhia aérea reservou para seus passageiros. Chi-que-ré-si-mo.


Depois de uma fila gigante, consegui fazer o check-in. Sentei na minha cama e contabilizei minhas provisões: eu havia usado exatamente todas as minhas roupas (tenho essa mania de levar números exatos), tinha jogado minha escova de dente fora no caminho pro aeroporto, não havia levado meu computador e tinha uns 10 ou 20 euros comigo. Detalhe: a previsão de reabertura do espaço aéreo era de até três semanas. Tentando esquecer a situação desesperadora em que eu me encontrava, fui tomar um longo banho e li a Bíblia antes de dormir. O trecho era este:

Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo,
por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes;
e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações,
porque sabemos que a tribulação produz perseverança;

a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança.
E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações,
por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu. - Romanos 5:1-5

Lembro exatamente que, ao terminar de ler, pensei: pronto. Foi isso! Foi só uma provinha de perseverança. Amanhã ta tudo certo. [#sabedenadainocente] Fui dormir tranquila, e acordei por volta das três da manhã. Meu despertador foi o alarme de incêndio mais apavorante que eu já ouvi, com uma voz feminina que, num tom de urgência, dizia para todos deixarem seus pertences e evacuarem o prédio imediatamente. Ótimo. Eu olhei pras minhas poucas coisas e decidi agarrar somente o despertador. De pijama mesmo, agarrei meu passaporte e a carteira, coloquei o casaco por cima, desci os cinco lances de escada até o lobby e entrei na fila pra sair do hotel. Quando me vi lá fora, um vulto passou por mim. Olhei e vi isso:


Sério, gente! Só não tinha a maçã. Mas uma vovozinha exatamente com essa cara e com esse capuz apontou para mim com sua mão tremendo e repetia sem parar - gritando com uma voz assustadoramente rouca - "outside! outside!". Ela provavelmente não falava inglês e havia gravado apenas essas palavras do alarme de incêndio. Por um momento eu nem considerei qual seria o motivo do alarme. Tudo o que eu queria era ficar longe da versão real da bruxa da Branca de Neve. (Depois vi algumas pessoas se aproximando dela e percebi que ela estava desesperada porque havia se perdido da família.)

Eu e os outros hóspedes ficamos aglomerados lá fora na frente do hotel, que já estava isolado por uma fita, deixando todos a uma distância de segurança. Na madrugada fria, ficamos esperando o fogo subir. E nada. Nada... Finalmente, o gerente apareceu e comunicou a todos em inglês: Pedimos desculpas, mas esse incidente foi causado por um hóspede que fumou em um quarto com detector de fumaça. Gente, sem brincadeira, até hoje eu tenho a necessidade de dar um soco na cara dessa pessoa, só pelo pavor que ele me fez passar.

Com um misto de raiva e medo, tremendo, voltei pro quarto e olhei fixamente para o alarme, sussurrando pra ele: por favor, não toca. Não toca! Dormi e acordei mil vezes, e quando acordei pro café da manhã, já um pouco tarde, comi as migalhas que os outros hóspedes haviam deixado. Acho que o hotel não estava contando que receberia tanta gente naquela madrugada, e a comida não foi suficiente. Eu sabia que não tinha dinheiro pra comer na rua, aquele café seria minha única refeição até o jantar - também fornecido pelo hotel.

É incrível como o virar daquele noite pareceu ter transformado as pessoas e a cidade pra mim. Eu só topava com gente estúpida, incluindo muitos que se recusavam a dar informações em inglês e um princípio de assédio em uma estação de metrô meio vazia. Que medo de Berlim. Eu só queria sair dali. Passei horas e horas na estação central de trem pra comprar uma passagem de volta para a Suíça, e quando finalmente chegou minha vez de ser atendida, fui informada que não havia saldo nenhum no meu cartão de débito e que o de crédito não estava funcionando.

Respirei fundo e paguei com dor no coração por um cartão telefônico pra ligar pro meu pai, que pra minha alegria estava em casa, de férias. Eu havia dado notícias pra eles de manhã, pelo computador do hotel, fazendo um esforço descomunal pra dar a impressão de que eu estava tranquila e com tudo sob controle (eles não sabiam, por exemplo, que eu estava sem roupas e sem dinheiro. Nem o incidente do alarme eu contei). O telefone tocava lá em casa:

- Alô?
- Pai?
- Oi, meu amoooor! Como está tudo?
- Pai, eu fui agora tentar comprar minha passagem de trem e descobri que meus cartões não estão funcionando. Eu não tenho dinheiro nenhum, e...

Pronto. Desabei em um choro inconsolável, no meio da rua.

continua amanhã

9 de dezembro de 2014

pra onde essa menina vai agora?

SIM. É isso mesmo que você está pensando. Lá vou eu de novo pro meio do mundo. A conversa já aconteceu aqui e ali entre alguns grupos de amigos, mas esse é o anúncio oficial. Eu estou mais uma vez arregaçando as mangas e preparando as malas. Dessa vez, o destino é a Alemanha - o como e o porquê eu explico nos próximos dias.

Por enquanto, quero dar a vocês as boas-vindas ao meu novíssimo (e ainda sob construção) blog: cosmopolitanalu. O nome é uma junção das palavras cosmopolita e analu (eeeu!). Cosmopolita é o substantivo que define alguém que é ou se sente cidadão do mundo. E há alguns anos essa é a definição que eu mais gosto de dar a mim mesma. Não tenho muito como explicar a sensação de pertencer a todo lugar que eu vou - e sentir que, de alguma forma, eles pertencem a mim também - mas ela é bem viva dentro de mim.

Minhas viagens têm construído uma das partes mais lindas da minha história até aqui - a herança que eu vou ter pra sempre. Adoro pensar que, independente do que possa acontecer, o que eu já vi e vivi em 27 países ao redor do mundo jamais me será tirado. E eu amo (AMO!) pensar que tem muito mais pra explorar.

O cosmopolitanalu é, a partir de agora, meu diário de bordo oficial. Pra Alemanha e pro que mais vier! Como sempre, vai ser demais compartilhar com vocês as minhas descobertas e levá-los junto comigo nas minhas andanças por este e outros planetas (porque é claro que quando começarem a vender passagem pagável pro espaço sideral, eu já estou lá!).

Tá tudo simples aqui por enquanto, mas aos pouquinhos eu vou inventando e acrescentando, até o blog ficar lindo pra eu e vocês nos sentirmos em casa. 

Bem-vindo a bordo! Faltam 12 dias.



analu