Se já inventaram alguma coisa melhor do que comer, eu desconheço. E essa paixão minha não é segredo pra ninguém - sou comilona assumida. Mesmo nas minhas fases mais disciplinadas, fisicamente falando, continuo sendo uma eterna fã de rangos. Feitos em casa, industrializados, doces e salgados - cada um tem o seu charme e eu não rejeito n-a-d-a. Minha única observação em relação a de que forma a comida poderia ser ainda melhor é que, em vez de engordar, ela deveria deixar mais inteligente. Aí, meus amigos, não tinha pra ninguém. Esse mundo era meu!
Quando estava planejando o fim de semana passada, pra vinda de Sarah, as primeiras sugestões de programas que vieram à minha mente foram relacionadas a comer. Pra minha sorte, nesse quesito nossa parceria tem uma sintonia infalível. Assim que nos encontramos, portanto, nosso roteiro gastronômico estava definido bem antes dos pontos turísticos! Tanto que nossa primeira parada ~turística~ foi uma mercadinho asiático onde, para a minha felicidade, eu encontrei tapiocaaaa! O que ninguém precisa saber é que tentei fazer hoje duas vezes mas não consegui - nordestina fail.
No sábado, ao nos perguntarmos o que queríamos para o almoço, quase dissemos "comida mexicana" em coro. Não lembro nem quem sugeriu, de tão natural que foi. Minha vontade começou há muitas semanas, quando alguém mencionou chili con carne no Facebook pra mim. Pronto. Não sei que neurônios a expressão acionou, mas todos eles me fizeram pensar dia e noite em comida mexicana. Quase chorei com esse burrito no minha frente, com direito a guacamole, no almoço de sábado...
Saindo de lá, fomos pra um lugar que metade de mim se arrepende de ter conhecido. Já mencionei aqui que tem umas 10 padarias no meu caminho pra escola, né? Então. Uma delas é de uma rede chamada Rischart. Não tem vitrine de loja que me deixe mais apaixonada do que a deles. Eu nunca tinha ousado entrar porque sabia que, quando o fizesse, eu romperia uma barreira e seria tentada outras vezes. Mas como eu tinha resolvido chutar o pau da barraca com a visita de Sarah, adivinhem onde a gente foi comer a sobremesa depois da comida mexicana? Gente. Pelas caridades. O que é aquele lugar? Vou ter que andar de olhos e nariz tampados toda vez que passar por ali agora. Eu pedi uma torta de Johannisbeere (umas frutinhas vermelhinhas) e Sarah pediu um Apfelschneke (um negócio delicioso de maçã que eu não sei explicar). Não queria mencionar que a gente voltou lá no dia seguinte, mas infelizmente é verdade.

Encerramos a noite com a Turquia. Mentira, encaramos uma barra de chocolate enquanto assistíamos Taken 3 - filme bem mais ou menos, aliás. E no almoço do dia seguinte resolvemos repetir a dose do país. Só que em vez de pedir um kebab pra cada uma, pedimos um takeaway com a carne, os vegetais e o molho - um marmitão, no bom português. E o melhor: comemos acompanhados de feijão! Feijão preto e de verdade, feito pela Gast. De sobremesa, comemos Baklavas, uma espécie de pastel doce, folhado e aberto, recheado e coberto com nozes e mel. Em outras palavras, o céu em uma sobremesa. Claro que essa nem se compara à que eles fazem na Turquia meeeesmo, mas ainda assim tava uma maravilha!
Para a noite, o combinado foi comermos comida da Baviera (ou Bavária - o estado onde fica Munique). Não tínhamos escolhido nem um restaurante nem exatamente o que comer, e depois de uma busca rapidex no google, fomos ao primeiro restaurante que apareceu. Acabamos caindo num lugar muito legal, chamado Augustiner Klosterwirt. Além da estrutura ser rústica, com umas decorações bem típicas, os atendentes estavam todos vertidos com aquelas roupas que a gente vê quando passa o Oktoberfest na televisão. Pena que a garçonete era um horror de antipatia. Sem conseguir escolher um prato só, escolher um que combinada um pouquinho de tudo e a inteligência aqui não anotou o nome. Pra ninguém dizer que eu estou exagerando em relação ao tamanho da porção que veio pra gente, um senhor que estava saindo do restaurante parou à nossa mesa pra perguntar se aquilo não era muita comida pra nós duas. E era mesmo! Estava deliciosamente deliciosa, mas claro que não conseguimos terminar. Daí dividimos a festa com um morador de rua, na saída :) Comi carne o suficiente pra ficar sem o ano todo mas não, obrigada.
Não vou falar muito do nosso almoço da segunda-feira, nossa última refeição juntas aqui em Munique, porque foi no McDonald's e eu já sei que todo mundo vai me condenar. Mas pra minha defesa, quero dizer que foi um sanduíche lançado só aqui e tem como ingrediente especial a batata rösti, uma iguaria suíça.
No dia seguinte, já sem Sarah, subi na balança pela manhã e descobri o saldo da extravagância: 700 gramas. Como se eu precisasse engordar um graminha sequer, né? Hhehe... Mas o projeto saúde continua, foi só uma escapadinha que, seu Deus quiser e a força de vontade permitir, vai demorar bastante pra acontecer de novo :D
E é isso, gente! Espero que o fim de semana de vocês também tenha sido cheio de delícias.
Mas não esqueçam que amanhã é segunda-feira, o dia mundial do início das dietas fadadas ao fracasso heheheheheee.
Beijo e até mais!