18 de abril de 2015

(sem) polônia

Hallo, liebe Leute!

Munique tá brincando de montanha russa esses dias. A temperatura variou de 0 a 24 graus - e é claro que eu acabei dando uma adoecida. Na verdade, já tava até me achando meio poderosa porque quase todo mundo que eu conheço tava pegando alguma coisa e nadinha pra mim. Pronto. Foi só pensar. Ontem parecia que eu tinha levado uma surra. Tinha que pensar mil vezes antes de mudar de posição na cama. Hoje já to beeeem melhor :3

Mas vamos falar de coisa boa, vamos falar de TopTherm, ainda colocando as últimas historinhas em dia. Como falei no post passado, quando fui à Romênia precisei fazer conexão duas vezes em Varsóvia, na Polônia. Não me importo de forma alguma com conexões. Ter que trocar de avião tem um lado positivíssimo: um voo se transforma em dois, ou mais! E eu amo voar! Decolar especialmente... uma das melhores sensações que eu conheço! Mas tem uma matemática importante pra determinar se uma conexão é boa mesmo:
- Dura menos de 1 hora? Pode ser furada. O vôo pode atrasar e você perde o próximo.
- Dura quatro ou mais horas e é durante o dia? Maravilha! Dá pra aproveitar e conhecer a cidade!
- Dura quatro ou mais horas e é à noite? Se prepara pra esquentar cadeira de aeroporto.
- Dura um dia inteiro e a companhia aérea paga o hotel praquela noite? Sonho!

A pior conexão, na minha opinião, é a que dura entre 1 e 3 horas e é durante o dia. Porque, teoricamente, dá pra você dar uma escapulida na cidade. Porém, na maioria das vezes, os aeroportos são longe do centro, e você não quer arriscar perder sua conexão. Então fica aquele vácuo de tempo em que você fica no aeroporto se mordendo por não poder escapar.



Minha primeira conexão foi de quase três horas. E como era dentro da área Schengen (o espaço de livre circulação no território europeu), eu tava disposta a arriscar. Ainda em Munique, pesquisei como chegaria até o centro. Iria caminhar alguns blocos, tomar um sorvete, tirar um par de fotos e estaria satisfeita. Tudo combinado. Só faltou avisar a Varsóvia. Conforme o aivão foi pousando, vi que um céu mega cinzento cobria a cidade. Tava chovendo e fazendo um frio de lascar. Ótimo. Depois de tantos planos, ia ficar enclausurada (ilustração ao lado).


Me conformei com meu destino e saí vagando pelo aeroporto procurando por alguma coisa legal e admirando os brotos. E a frustração de não poder ver a cidade foi amenizada quando descobri que ali tinha não só wi-fi gratuito e ilimitado mas também uma sala de repouso com poltroninhas e tudo. Whoaaa! Geralmente, essas regalias a gente só encontra em sala VIP - "a gente"! kkkkk... como se eu já tivesse entrado em uma - mas no aeroporto de Varsóvia todo mundo tem direito a colocar as pernas pra cima. Cochilei e inclusive babei um pouquinho e saí de lá perto da hora de embarcar de novo.


E aqui eu preciso fazer uma pausa pra comentar sobre a LOT, a companhia aérea polonesa. Nunca tinha voado com eles, mas tive um experiência ótima. Sim, os aviões são minúsculos. Não, eles não servem comidinha - só água e uma barrinha de chocolate. Massss os quatro voos que peguei com eles foram não só pontuais na saída, como estavam adiantados na chegada. Isso ajuda a vida de qualquer viajante, mas não é a melhor parte. Gente, eles tocam ABBA antes de decolar e depois que pousam! Melhor ainda: é a trilha sonora de Mamma Miaaa! Sério, amei voar me sentindo a dancing queen, young and sweet, only seventeeeeeen! Pára tudo, vamos assistir/escutar esse clássico juntos: 

You can daaaance, you can jiiiiive
Having the time of your life
Uh - uh - uh see that giiiiirl
Watch that scene
Diggin' the dancing queeeeeeen

Aff! Muito bom! E assim foi na volta também. Quando o avião chegou de Bucareste em Varsóvia e ABBA começou a tocar, decidi que na minha uma hora de conexão eu iria sair nem que fosse pra dar uma volta no quarteirão. E assim foi, praticamente. Quando finalmente saí do aeroporto, vi que tinha pouco mais de 20 minutos lá fora. Aproveitei o tempo intensamente, visitando o quintal de uma estação de polícia, olhando passarinhos, me alegrando com uma placa que consegui ler, dando voltas no quarteirão. Eis aí tudo que vi da Polônia, em uma foto só:
Quando voltei pro aeroporto, tinha que passar de novo pelo scanner da bagagem de mão. Em quatro procedimentos de embarque nessa viagem, essa foi a quarta vez que o alarme apitou pra mim. Eu realmente não estava com nada de metal ou proibido, mas devia ser alguma coisa na roupa. E essa última checagem não produziu uma história muito agradável :(

Ao passar pelo detector de metal, quando o alarme disparou, um segurança polonês se colocou à minha frente bem indelicadamente, a um palmo do meu rosto, dizendo que eu tinha que esperar. Ok. Fui dar um passo pro lado pra aumentar a distância entre a gente, e ele foi junto. Hm... desconfortável. Ele perguntou se eu queria ser revistada por uma mulher, e eu disse que sim - óbvio! Daí ele começou a argumentar sobre o quanto poderia demorar e que seria bem melhor se eu deixasse que ele fizesse isso. Disse que não mais uma vez e até dei uma virada no anel que sempre uso na mão esquerda - vai que ele achava que eu era casada e desistia?

A tal "demora" até que a segurança viesse não passou de alguns segundos. Enquanto eu era revistada por ela, ele permaneceu logo atrás, e ria e comentava coisas com um outro segurança. Claro que não entendi o que eles estavam falando, mas pelo tom não me pareceu legal. Quando olhei à minha frente, vi por um vidro espelhado que minha sensação estava correta. Eles estavam gesticulando e olhando pra mim de uma forma bem constrangedora.

Assédio é a única coisa que embrulha meu estômago quando penso em viajar sozinha, ainda mais quando é de alguém em posição de autoridade. Eu me sinto impotente e tudo o que quero nessas horas é ter alguém ao seu lado. De preferência, papai. A pior situação até agora foi quando peguei um trem maluco da Romênia pra Bulgária, no meu mochilão. É meio injusto que homens mochileiros possam sair por aí sozinhos sem darem um segundo de atenção a pensamentos como esse, enquanto mulheres que viajam sem companhia têm que estar constantemente vigiando seu entorno e torcendo pra não cruzarem o caminho de gente mal-intencionada.

OH, WELL. Passou!

Embarquei e pousei embalada por ABBA, mega cansada mas ainda tendo que enfrentar uma hora e um pouquinho pra chegar até o apartamento em Munique. Devorei pão e Nutella quando cheguei, e dormi morta com farofa até bem tarde no dia seguinte.

Já não vejo a hora de voar de novo...
E Polônia, segura aí que um dia eu chego de verdade!

Por hoje é só!
Beijo, gente. Tenham um seeehr schön fim de semana!

15 de abril de 2015

bucareste 2.0

Mas olha como eu tô exemplar! Passando aqui dois dias seguidos :D Tudo bem, gente?

Como eu disse ontem, ainda tem bastante história pra colocar em dia. Então vamos lá!

A viagem até a Romênia, no primeiro fim de semana de abril, foi bem mais longa do que precisava ser. Isso porque eu voei até a Polônia e fiz uma conexão em Varsóvia de duas horas antes de seguir viagem. Saí de casa pouco antes das 4h da manhã, pra chegar no aeroporto às 5h e voar às 7h. Só aterrissei em Bucareste às duas da tarde. Morta com farofa, mas feliz por ter chegado, peguei minha mala e fui até o lugar onde se compra o ticket de transporte.

É interessante como, quando a gente tá imerso em um novo idioma, tem que fazer um esforço enorme pra reconfigurar o pensamento a cada vez que a língua muda. Respirei fundo e caminhei até o guichê lembrando a mim mesma que deveria falar em inglês. Comecei bem:
- Hello...

Li em voz alta, em romeno, o nome do cartão que queria comprar:
- Card pentru autobus...

Daí fui tentar concluir a frase com educação. E a diarreia mental aconteceu.
[Meu Deus! Como é que fala "por favor" em inglês? Como é? Como é? Como éééé?]

Não deu. Saiu em alemão...
- Bitte!

O restante da conversa foi simplesmente assustador. Principalmente porque, quando eu acho que alguém fala pouco ou não fala a língua do Tio Sam, numa tentativa inconsciente de facilitar as coisas eu solto um inglês mais que simples: macarrônico. Do tipo "I... ticket... bus...". Não me julguem, pessoal. Juro que sou legal. E lá fui eu explicar pra tiazinha o que eu queria no meu inglês versão índio. Depois de um sufoco danado e das palavras em alemão pulando à minha frente antes que eu me desse conta, finalmente consegui comprar o que precisava. Sabe o que deu mais raiva? Que logo depois que mim veio um broto americano jorrando o inglês que gente normal fala e a tia entendeu tu-do! Que vontade de me esconder, ou de voltar lá e falar qualquer coisa pra melhorar minha imagem. Heheeeee. Mas não fui. Claro que não.

Uma hora depois de embarcar num busão lotado, tendo à minha frente uma senhorinha toda conversadeira que esbanjava sorriso com seu único dente, cheguei à casa dos meus amigos. Muito legal como, durante o caminho, eu reconheci alguns dos lugares pelos quais tinha passado dois anos atrás, durante meu mochilão. Mas é claro que o melhor mesmo foi reencontrar a família Carvalho depois desse tempo todo!

Na verdade, a ida para Bucareste foi muito mais para aproveitar o tempo com eles do que pra passear. Foi demais estarmos juntos e colocarmos em dia as novidades de 24 meses! Também tive a oportunidade de conhecer alguns dos amigos deles por lá. Fizemos uma vigília na sexta-feira, dia em que cheguei, das 22h às 5h da manhã do dia seguinte. Pra mim, foram mais de 26 horas acordada. Mas por desse tipo de cansaço - esse de estar com gente querida, ainda mais buscando ao Senhor juntos - eu não tenho mesmo do que reclamar! Maravilhoso!

No sábado fomos ao parque Titan - gigantesco e lindíssimo! Especialmente com o sol brilhando e o céu azul. Conforme fomos caminhando, o som de música clássica foi chegando mais perto. Acabamos descobrindo que Orquestra de Bucareste estava fazendo um concerto de Páscoa ali - gratuito e ao ar livre. Muito, muito especial!

Domingo pela manhã fomos à igreja - quer dizer, a trouxemos pra gente. A Agrafa é uma igreja que se reúne em casa, e é linda a intimidade, a nobre simplicidade de compartilhar a fé e a Palavra num ambiente tão família. Interessante pensar como o Reino de Deus acontece o tempo todo, no mundo todo, nas arenas lotadas e nos lares. Por que é que a gente complica tanto as coisas às vezes, hein?
Depois de uma tarde preguiçosa, saímos à noite para jantar na parte antiga de Bucareste, que eu ainda não tinha visitado. Muito legal contrastar as ruas super largas e as grandes construções com as vias estretinhas da área de Lipscani - que era onde, no século 19, a bombação acontecia. Ainda por cima o Drácula morou por lá! Fotos horrorosas, mas juro que o lugar é massa!
Meus amigos me levaram para visitar a Cărturești Carusel, uma livraria incrível de linda! Eu acho que nem cheguei a dizer pra eles o quanto amo bibliotecas e livrarias, mas eles foram super certeiros na escolha. Me apaixonei! E pra completar jantamos no restaurante de lá mesmo: comida e ambiente maravilhosos. Super recomendo!
Chegamos em casa já bem tarde e cansados, mas quando o assunto virou música a gente jogou tudo pra cima e num piscar de olhos já passava da uma da manhã.

O tempo voou por lá. A segunda-feira amanheceu chuvosa, dando a deixa pra ficar em casa e aproveitar mais do que realmente importava nessa viagem: a companhia dos meus amigos. E como se não bastasse, teve tapioca pro café da manhã. Gente. Por favor, né? Minha alma nordestina cantou a melodia dos anjos degustando esse manjar. Yum!



A família inteira foi me levar no aeroporto. Com o coração apertado, fui me perguntando quanto tempo levaria pra gente se ver de novo - e pedindo a Deus que não fosse tanto quanto dessa última vez. Dois anos é muita coisa quando a gente tem saudade. Nos despedimos cheios de esperança de nos vermos em breve, e eu realmente acho que agora, morando na Europa, esses reencontros vão ficar mais frequentes!

Quando cheguei no aeroporto e me vi sozinha, voltei a dizer pra mim mesma que era inglês que eu precisava falar. In. Glês. Despachei as malas sem problemas. Passei pelo detector de metais e scanner da mala de mão sem problemas. Daí cheguei no controle de passaporte. Xi... Na noite anterior, no restaurante, eu tinha perguntado mil vezes como se dizia "obrigada" em romeno, pra responder à garçonete que nos atendeu com tanta simpatia. Quando o policial me entregou meu passaporte de volta, espremi Tico, Teco e toda a sua turma (não devem ser muitos...) pra ver se eles se recordavam da palavra. Os milésimos foram passando e eu sabia que não ia dar em nada. Eles não iam lembrar!
[O que é que eu falo? O que é que eu falo? O que é que eu falo?]

Agora raciocine comigo: a língua internacional é inglês. Eu falo. Também falo espanhol. E português. Nas profundezas da minha mente ainda resta um pouco do francês que aprendi pela metade. E agora tem o alemão na minha vida. Mas o que foi que eu falei pro policial? Hein?
- Grazie!

Fiquei vermelha na hora e não aguentei nem olhar pra cara dele. Saí da frente na velocidade da luz e caí numa gargalhada interna. Por que no muuuuundo eu fui agradecer em italiano? Logo italiano! Se eu falo alguma coisa é graças às novelas da Globo e olhe lá. Não tem explicação, gente. Minha cabeça é um emaranhado que nem eu entendo. E aliás, a palavra que eu estava procurando era "multumesc". Oh, well... fica pra próxima.

Uma coisa meio doida dessa viagem é que ir pra Romênia significou pular a Páscoa. Naquele fim de semana, ela estava sendo comemorada na Alemanha mas não lá, já que o calendário da igreja Ortodoxa é diferente. Como alguém que tem Jesus como melhor amigo, agradecer pela sua morte e comemorar sua ressurreição pra me salvar é muito especial. Mas mais importante do que celebrar na data é celebrar a data. E isso eu fiz no meu coração, e vai aqui publicamente também:

Senhor, obrigada por deixar seu trono pra viver como eu e pregar os meus erros e minhas fraquezas na cruz pra que eu tivesse um relacionamento contigo e uma casa no céu pela eternidade <3

Bom, gente... é isso! Volto amanhã pra falar da passagem (ou não) pela Polônia.
Ah! Pra quem quiser ler a história da primeira visita à Bucareste, é só clicar aqui.
Vou me despedindo em com português pra evitar conflitos lingúisticos:

TCHAU! ;)

14 de abril de 2015

extravagância suíça

Hallo, todo mundo!

Março passou em branco aqui no blog, e eu juro que não percebi quanto tempo fazia que eu não postava alguma coisa. História não faltou, na verdade, mas parece que os dias estão ficando cada vez mais curtos pra fazer todas as coisas que eu quero e preciso fazer. E nessa de não conseguir dar conta de tudo, eu geralmente tenho escolhido ser uma boa mocinha bem à força mesmo e estudar ou ler sempre que aparece um tempo. A história de hoje já tá completando aniversário de um mês - heheeeee! Mas ainda ta valendo, né? Então vamos lá!

Ainda não consegui parar pra colocar em ordem os meus pensamentos sobre o que é trabalhar como Au Pair, mas tem duas coisas que eu posso garantir de cara. A primeira é que, na pirâmide sócio-econômica, eu tenho certeza que essa categoria de trabalhadores vem logo depois das pessoas que estão abaixo da linha da pobreza. Sério, gente! Talvez se eu não estivesse fazendo um curso intensivo - que, por ser todos os dias, é bem mais caro - eu ainda estaria melhor das contas. Mas não sendo esse o caso, posso garantir que o negócio é tenso e as informações sobre minha conta bancária para possíveis doações estão disponíveis sob requerimento.

A segunda verdade é que morar no mesmo lugar onde você trabalha pode ser sufocante às vezes. Essa sensação não depende necessariamente do seu bom relacionamento com as pessoas que moram com você ou do ambiente. Uma das grandes dificuldades de ser Au Pair é determinar quando você está simplesmente em casa e quando está trabalhando. Enfim. O fato é que, em quaisquer circunstâncias, escapar de vez em quando é uma questão de sanidade mental.

Tudo isso pra dizer que, desde que cheguei, apesar de viver contando moeda, eu resolvi que pro bem da minha felicidade eu não abriria mão de fugir da Alemanha todos os meses. Isso significa pensar mil vezes antes de comprar um chocolate na esquina, mas tem valido demais! E a opção que mais alegra o bolso e o coração é ir para a Suíça, minha segunda casa há muitos anos.

A última visita, há exatamente um mês, foi ainda mais especial porque era aniversário de Sarah. Ela fez uma programação mega especial. Aquela coisa bem propaganda da Insinuante, tipo "o aniversário é nosso, mas quem faz a festa é você". Cheguei numa manhã de sábado, e fomos tomar café da manhã juntas pra colocar as notícias em dia e planejar nosso domingo. No mesmo dia, no final da tarde, tive meu momento de tiete torcendo pra ela no seu jogo de futebol. E ela arrasa no FC Wil!

Acordamos cedinho no domingo, e a primeira parada foi uma que vocês já conhecem: a montanha Säntis. Não lembram? Foi aquela em que uma ventania quase nos jogou do pico do alpe ao chão - uma das poucas vezes em que eu achei mesmo que ia #partirferoz pro céu. Falo dela no post Montanha Abaixo. Pois bem. Ganhamos da mãe de Sarah dois vouchers pra irmos de novo a Säntis. Revivi mentalmente o desespero daquela ventania, e morremos de rir com a lembrança. E o tal voucher não era só pra visitar, mas também pra tomar café da manhã lá no topo. Deixe-me acrescentar que era um buffet num restaurante panorâmico. GENTE. Gente... Como explicar? Como se não bastasse o dia estar loucamente lindo e a vista ser maravilhosa, eu comi como se não houvesse amanhã. Novidade...

Eu adoraria dizer que fui uma lady e provei um pouquinho de tal coisa, etc. e tal. Mas a verdade é que minha alma downloadeou o Shrek e eu comi pra fazer honra a qualquer ogro. TRÊS PRATOS. Três pratos! Só de queijo foram oitos tipos diferentes. Essa sim seria uma vez conveniente pra ser levada por uma ventania. De tanto que comi, eu com certeza rolaria em segurança até o pé da montanha.


Conseguimos aproveitar a vista sem medo de morrer. E sério, se você me disser que o céu tem esse visual eu acredito na hora. A Suíça é simplesmente imbatível!


Da montanha, fomos para o último lugar que eu esperaria visitar no inverno: um parque aquático. E o melhor: com vouchers de novo! Com a minha renda de Au Pair eu não pisava lá jamaaaaais! O parque também se chamava Säntis, e ficamos lá umas boas horas jiboiando. Bom demais! A maior parte do parque é coberta, mas tem também piscinas do lado de fora. E pra nossa alegria o céu estava maravilhosamente azul, ainda que o dia não estivesse quente! Não podia tirar foto lá, mas aí vão algumas do site deles. Destaque pra jacuzzi quentinha a céu aberto (que não tá na imagem...) e a piscina de água salgada termal. Me senti bem diva nesse lugar, vou confessar.


Depois que os dedos estavam completamente enrugados de tanto tempo de molho, ficamos uma eternidade no chuveiro quentinho. Na hora de me trocar, tomei um susto ao olhar pro espelho à minha frente. Não foi muito, mas eu estava... bronzeada! Bronzeada do sol de inverno num parque aquático na Suíça. Meio hilário pra uma brasileira vindo de Natal. Não se enganem, entretanto. Continuo embranquecendo a cada dia que passa. Qualquer hora dessa me convidam pra trabalhar como vela humana. A melanina já me abandonou há tempos!


O domingo terminou mega especial, indo ao culto na igreja de Sarah com direito a Mc Donald's no final, e na segunda de manhã já era hora de voltar. Ir à Suíça sem ver meu irmão e sua família (que moram no lado francês do país) também não é a mesma coisa, mas a gente só vai até onde as contas alcançam, né? - literalmente. Deixar a Suíça sempre me faz sentir uma dorzinha no meu coração, mas quem sabe se não vai chegar o dia em que eu não vou ter que me despedir? ;)

Bom, esse foi o primeiro de alguns relatos atrasados. Nos próximos dias volto aqui pra falar das últimas aventuras na Romênia, na Polônia e na Áustria. E aqui em Munique também, claro!

Bis bald!